sábado, 26 de dezembro de 2020

sendo gente!!!



para andréa pc

estás por todos os lados

quando me distraio

tomas conta de mim

do que é do seu coração.

 

já és teu ascendente

up grade espiritual

enveredando no teu tino

e indo. livre e justa.

 

seu caminho

é trilhado

de promessas

cumpridas

graças pedidas

resolutividade

meiguice

afabilidade

coerência

sendo gente

de verdade!!!

o futuro do brasil

 


Já se conhece

já se viu

precisam

insistir

com o anjo

que caiu?


de cabo

a rabo,

eu sinto

muito

porque

não posso

ajudar...

tomo conta

de um jardim

destes fechados

com gradis

e, infelizmente,

não posso sair

nem entrar

pelas ruas do brasil.

 

 

(cristiano jerônimo – 26112020)

Espaço

 


a estrada e o tempo

trajetos de querer

geograficamente

amar tua presença

de cristal e de aço

decisivos...

 

nem a estrada

nem o tempo

mudarão

as nossas rotas

de encandear

caminhos

uma luz prata

na escuridão

da lua branca

das noites

claras

da luz do sol

de amanhã

a parte mais

profunda

que podemos

ver na aura.

 

  

(Cristiano Jerônimo – 26122020)

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Antes da hóstia

 


(Para a minha amada Andréa Pereira)

 

 

Cuidar da vida

para não morrer

como uma ressaca

que antecede um porre.

 

Um amante que corre;

dias que estão pra chegar.

 

Luz, Providência e Amor

para não sentir dor

como uma ressaca

antes da esbórnia.

 

Numa igreja da paróquia

antes mesmo da hóstia

com os dias para chegar.

 

Amanhã depois de dormir

o tempo e o clima flertarão.

 

Um pé no navio e outro no mar

um pé no avião e outro no ar

dois pés em dois navegantes

na beleza do ser que conheci

faz tempo, muito tempo, mais!

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 14122020 – Recife – PE)

 

 

 

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

De tempo e de diamante

 


Amanheci com saudades

de ter tempo reservado

para viver mais e mais

me sentir mais em paz.

 

Transformar o bucólico

e o melancólico em gás

energia necessária

agitando toda a área.

 

O parque e o seu lago

que secou, faz sempre,

nunca mais espelhou

nem jacaré nem peixes.

 

Na subida lá pro’ leste

a relva branca floresceu

beleza de baixio de rio

lá, as plantas cresceram.

 

O amor à terra, água, o ar

emanando raios dourados

a comunhão e a conexão

com a terra e a sua senha.

 

Viveram felizes e sossegados

olhando as frentes e os lados

e a corrida da prata, ouro duro,

procurando o metal mais puro.

 

Manipulando com o mercúrio

extraíram as pepitas de ouro

limparam infinitos diamantes

roubados no país há 520 anos.

 

O meu diamante que me brilha

tem corpo e alma, é de verdade

em qualquer canto da cidade,

olho seus lábios que cintilam.

 

E no meio do vento, a ânsia vem.

e desenfeita um pouco, a saudade

Nós vamos andar são paulo afora

escolhendo o caminho do meio

com a emoção de viver a verdade.

 

 

(cristiano jerônimo – 050607122020)

domingo, 29 de novembro de 2020

gente é feita para amar



Mexe, mexe

tão bom

que cai na vida

ninguém

tem a fórmula

da específica

vida não há

onde não há

seca e vida

equilíbrio

partes do mundo

feitas para os povos

viverem em cada lugar

é diferente

a ausência

faz o presente

onde você está

o futuro agradecerá

o passado esquecerá

um coito de palavras

ouvidas onde estavas

e facultadas às ações

não tão doces sempre

pegue suas bolsas azuis

venha embarcar no trem

desça na oitava estação

e diga ao Sr. Filomeno

que ele o receba por mim

E que possa ouvi-lo atento

pegue a sua estrada livre

sinta o bem que pode ter

a brisa dos vidros fechados

e o som ligado à porta aberta

o guerreiro sabe se recompor

não desistirá de uma só flor

colocada na vida pelo amor

se pode voltar outra batalha

reze a deus para que nunca haja,

mas – se houver – deus, me perdoe!

serei sagaz como uma cobra naja

terei força bruta de uma junta de bois

cavalos de forças dos nossos animais

sejamos mais fiéis a nós mesmos

do que aos outros em busca de nada

paz profunda! todo dia o dia todo

vamos juntos em um grande coro

dizer que gente é feita para amar.

 

(cristiano jerônimo – 29112020)

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Três tempos


(Nosso livro ATA, Andréa)

 

Quando eram só alcaloides

Sem haver gasolina nem fogo

E, nas tocas do subterrâneo,

Nas vitrines de um bar piano

Te encontrar sorrindo em mim.

 

Agora são mais trocas adultas

Com conversas de crianças

Apaixonadas pela vida

Querendo viver!

No Monte das Tabocas

No Monte Guararapes

Nas Heroínas de Tejucupapo

Na Pedra da Surdina

Nos talhos do Ingá

Tudo esse ‘absurdo’

Vai amar você também.

 

Quando eram só alcaloides

Não gritavam, não ruíam

Não eram tão imperfeitos

Como são as máquinas.

 

Mas o vigor e o jeito de sermos

Permaneceram intactos em nós

O amor, a esperança, a consideração

Coisas incomensuráveis e próprias.

 

O amanhã ficou para depois

Esperamos, ansiosos, o hoje

Que serão os dias aos quais me refiro

Agora antes, no passado,

Já sinto o que é acolher.

Pretérito perfeito.

Presente do futuro,

Do subjuntivo.

Sem tempo, aliás.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 191120220 – Recife - PE)

 

 

 

 

 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

As sombras das nuvens


Cristina olhava pela janela do seu quarto a paulatina aglomeração de nuvens, que ensombravam a paisagem enquadrada pela janela aberta. Seus irmãos estavam na roça e eram quase cinco horas da tarde. O volume veloz da água estourou açudes e cercas, levou animais. O terror logo se fez presente, quando o ribombar dos trovões e o reluzir dos relâmpagos entraram em cena, como estouros e pipocos, raios múltiplos na imensidão.

Os olhos de Cristina esbugalhavam-se de medo, mas não conseguiam parar de olhar para a terrível tempestade que já despencava das alturas. Suplicou, com fé. E agiu para enfrentar a chuva de granizo que deitava no chão e no telhado, onde as goteiras enchiam baldes. E cada vez o seu medo se tornava menos infinito.

Passadas algumas horas, a tempestade se foi e o sol brilhou com muita intensidade, enxugando o que tinha vindo de muito, graças a Deus. O ar era o mais puro, parecia ressaltar as cores da natureza encharcada, aguada. Com certeza, todos foram plantar, criar e aproveitar a terra molhada para colher.

Acalmou-se a menina sem atinar que o Astro-Rei nunca deixou de brilhar, acima das tormentas passageiras. A luz necessária é doada diariamente, no mesmo horário, sem nunca ter sofrido um atraso. A lua aparece do mesmo jeito. O universo de Cristina estava lá.

Dona Pérola explicou que nós agimos assim constantemente e muito sem perceber. Diante de problemas e dificuldades, ficamos aterrorizados e às vezes perdemos a esperança. Tudo isso, fruto da nossa fé, que ainda é muito frágil.

Não! Não! Não! Cristina precisa sim ter em mente que, por pior que sejam as tormentas em que nos situemos, o Sol do Amor de Deus jamais deixará de nos sustentar e que, passado o vendaval, podemos sair reluzentes, se mantivermos uma atitude resignada, tal qual a natureza. Que possa ela, então, ter em mente uma certeza: Nunca estaremos desamparados.

 

(Cristiano Jerônimo – 17112019)

Atrações da filosofia

 


Série Andréa Pereira

 

Há muito não me via

Atento ao telefone

Que nada me dizia

Eu sentindo sua falta.

 

Foi tão estranho

como conhecido

o mais valioso

de estar contigo.

 

Esse meu apego

A ânsia de ti

Com teu chamego

Em seus jardins.

 

Sem receio da paixão

Pouca razão e vigília

Do que não se controla

Do que não se vigia.

 

Renova-se

Dos céus

Como estrelas

No chão.

 

Estou dentro de ti

Da mesma forma

Uma linha reta

Apenas nos separa.

 

Físico, geográfico

Estático ou quântico

Mesmo matemático,

Atrações da filosofia.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 17112020)

sábado, 14 de novembro de 2020

Bonança


o mar carregado

dos destinos

das embarcações

dos petróleos

derramados

no nosso litoral

com motores e velas

que choram o coração.

 

sobreviver às intempéries

vagalhões oceânicos

e fendas abissais

do mergulho no nada

os sete mares e mais.

 

salvam e guardam a gente

conhecidos há tanto tempo

entre si.

 


Da série "Andréa Pereira"

eu tomo de mulher

uma contemplação

de ser humana, gente.

por isso, geralmente,

as palavras

mais bonitas

sempre ficam

pro final

do poema:

te amo!

 

 

 

(cristiano jerônimo – 14112020)


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Testemunhas oculares


Para Andréa Pereira

Sob a luz

Dos teus cabelos

Vou entrar

Mergulhando neles.

 

Não é à toa

Que tantos filhos

Tenha o Zeus

Muito maior

Do que isso

É o Deus

que habita

em cada

um de nós.

 

O luar

Sem nuvens

E pouca luz

Sejam testemunhas

Oculares

Do que acontece

Conosco.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 12112020 – 14h54)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

entrevista transpessoal


 Dedico a minha irmã, Andréa Carvalho

não encontrei na estrada nada do que pensei;

ontem era dia voraz e agora a noite devora um pedaço do meu coração.

meu coração se perdeu nas entrelinhas daquela minha canção.

 

baby desligue... oh baby desligue!, o rádio agitado do meu coração.

Baby confie... Oh! Baby. Confie. Esse blues não tem caminho.

baby procure... oh baby procure, yeah.

nas notas da minha canção…

 

esse amor de muito reencontrado nas matas

Percorre as ruas do passado da semente

Entende como cada passarinho voou...

 

e a nossa sinergia é um algo que não passa

mostrando a empatia transpessoal que espaça

sentimentos existentes no tempo e gravados.

 

é a estrada que eu nunca imaginei trilhar

é tudo muito bom. esperar muito de lá. dar

para preparar a terra e partir para plantar.


(Cristiano Jerônimo - 27092020)

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Soneto da estrada do divã



Bateria da nossa autonomia

pareces diferente das demais

tens energia para ser capaz

não te resumes a mercadoria.

 

Chave para ligar essa ignição

sem ter cópia ou ser copiada

é preciso viver mais estrada

necessitar de outras canções.

 

Cada um dirigindo a situação

identidade com outra função

a imensa rodovia do amanhã.

 

Manutenção da minha condição

não há nenhum domínio amanhã

deitaremos protagonistas no divã.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 19.09.2020 - Recife)

À procura do firmamento

Disseram-lhes Que eram sérios Com juramentos Plateia em silêncio Fizeram-se de justos.   O mundo está mesmo em silêncio Mas ...