domingo, 13 de julho de 2025

A rosa e o infinito

 


Para o braço da Índia, Edineyde Ferraz, made in Floresta/PE

 

Os riscos no seu braço

não representam riscos

são abraços dos filhos

as marcas do tempo

em que passamos

distantes e juntos.

 

Em tudo que pensamos

Reencontramo-nos

Pela porta da frente

De agora em diante

O sertão é nosso

Muito mais do que resta

Sob nossa Custódia

Em uma Floresta.

 

No Rio São Francisco

Flutua a nossa canoa

No Capibaribe a gente voa

Nas bicas encantadas

Das nossas aventuras

Nos olhos d’águas

Do mato que entramos

Desde ilhas adolescentes.

 

Agora você volta sem ter ido

Eu reapareço sem ter partido

Para resolver essas décadas

Que conservaram a libido

Viva, quente e bem intacta

Merecedora deste infinito

E desta rosa, e de uma flor

Num campo fértil ao amor.

 

  

(Cristiano Jerônimo – 13.072025)

Um comentário:

  1. Como uma brasa que mesmo sem o fogo queima, foi você! Ressurgiu numa hora que meu ser estava quase congelando e entrando em hibernação, sem crer que ainda podia sorrir! Seu poema reflete isso no trecho: "volta sem ter ido" . É isso Cris, nunca fui e nem você, só estivemos em trilhas diferentes. Obrigada pelo presente em forma de poema. Beijos🌵☺️💋

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