Ninguém quer mais apertar a mão do amigo
Uma lembrança agora de um abraço antigo
De um embarque na adaptação da espécie
Laboratórios e tiranos e suas moucas preces.
Vimos de longe um amor da vida ir-se,
E outro na frente chegar e somar
Para apertar as mãos de amigos
É preciso aprender com os mais antigos
Com a sabedoria que é a aquela de amar.
Superamos as barreiras sanitárias do ar
Mas ainda não podemos abraçar os queridos
A praia está novamente fechada para o luar
Seremos melhores depois de todos os perigos.
Falaremos num olhar e escutaremos em ondas
Advindas de todos os lugares do universo
Quando estivermos preparados para falar
O ponto de partida será cotidiano e à frente.
(Cristiano
Jerônimo – 24.03.2021)