Sou sertanejo vagabundo
A alegria do meu mundo
Vai sempre se renovar
Os confeitos de Alzira
Os doces da minha avó
Os chicletes tatuagens
Pirulitos com sabor em pó
Como sertanejo do mato
Descobri que o que tinha
Era o que eu não queria mais
Como o chiclete de Clarice
Não valeria mais apenas
Ter o prazer de tomar
O cálice do vinho
Para aliviar o desprazer
Do nosso caminho
E, se o vinho não valesse
Mais a pena,
Por poder ser infinito
A saciedade do homem
Inocente
Que se entregou
À prisão do grito
E o homem sábio
Da eterna superação
Gosto de drops de hortelã.
(Cristiano Jerônimo – 03012024)