quarta-feira, 29 de maio de 2024

Andar descalço



Tu gostas da bondade

Ela é muito, muito mais

Porque não deixas fluir

Porque não deixas mostrar

Que o mundo muda sempre

O mundo sempre vai mudar.

 

Agora ali, lá por dentro,

Encorajastes a ti mesmo

Porque Nele construístes

O forte da tua segurança

Com ele, fostes criança

Sem relativizar o amor.

 

Entender o que é eterno

Ou no outro dia acabar

Responsabilidade de todos

Nesso usufruto vitalício

As virtudes e os vícios

Vivem a se completar.

 

As adversidades da vida

São como as feridas

Que vêm e que passam

Não é todo dia

Que se brinca no chão

Nem que se pode

Andar descalça.

 

(Cristiano Jerônimo – 29.05.2024)

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Fotossíntese extrema



Difícil perceber quando cega a visão da razão

É fácil entender quais coisas mexem na alma

Foi, naquele momento não mantivemos calma

A paz que emana e se excede bem no coração.

 

Dois olhos a mirarem na retina deste destino

Onde possa o menino não ser apenas o acaso

Sem calçado, vai descalço e as solas são os pés

Rachados; lisos; sem talco e voando no ocaso.

 

Cinco crianças subindo como as pipas na mão

No ar do espelho d’água bichos não se afogam

Foi embora conseguir o cerne do tempo ilusão

Encontrou peixes que mergulham e se afogam.

 

Monomotor sobrevoou o céu azul do Panamá

Balsas escoam dinheiro sujo no rio da fronteira

No coração, a rainha da fotossíntese e do natural

Levam as coisas de um lado para o outro de lá.

 

Difícil perceber quando a visão da razão cega

Para entender quais coisas mexem na alma...

Para saber o que ainda nos resta desta calma

A paz que emana e excede àquilo que externa.

 

 (Cristiano Jerônimo – 27.05.2024)




 

De mão em mão

Os dias são tão diferentes O mesmo que água de rio Como na batalha, o desafio As gregas e troianas mentes Antes do Império Romano ...