Numa
estrada de água e fogo a águia rasa
Fareja
as carcaças dos já que se perderam
O
abutre que se nutre do gado agonizante
E os carcarás
buscando pequenas presas
É o
lado natural da evolução das espécies
O que
morre nasce e todo o mundo cresce
Conserve
as ações que lhe engrandecem.
Na
frente da praia o oceano agoniza a dor
A dor
dos plásticos e banhos de petróleo
Vendo a
tristeza de ver e olhar nos olhos
O mar
permanece tão belo e misterioso
Que nem
a imensidão do grande colosso
Traz
aos desalmados um pingo de amor
Os
oceanos tendem a reagir com polvos.
Se os
Andes derreterem a última metade
Quem
vai alimentar a principal floresta;
De onde
virão as pontes de hidrogênio
A
desertificação dos solos geográficos
A terra
girando em seu eixo contrário
Livrando-se
das almas mais perniciosas
Se
renovando como águia para voltar...
(Cristiano
Jerônimo – 05072022)