Minha dança do ventre é sua
O que me pertence é o olhar
O mergulho vindo de você
Sereia do rio onde me banho
Eu nado raso para submergir
Eu olho rápido e o rebanho
Leite de cabra, leite da gente
Bode assado com o cuscuz
Deitar-se na cama, dar cheiro
Usar candeeiro como luz
Os ancestrais reconhecem,
Já viram você aqui por perto
Permitiram a dança do ventre
Para que a gente pudesse amar.
Não julgaram se era certo
Matrimônio formar o par.
(Cristiano Jerônimo – 18052023)