Passando por Angicos
Lembrando de Canudos
Conselho e resistência
Chamados de malucos
Pobre do pobre do rico
Sem a paz e a clemência
Jugo nas costas do povo
Fatura difícil de saldar
Essa conta que não fecha
Tantos roubos e arestas
E a gente apenas a calar
Ficamos assim parados
Como os pobres coitados
Na ilusão da vã burguesia
Sem ver, ela vai te
atacar
O otimismo e a esperança
Renovados a cada manhã
Cada coisa em seu lugar
Como gritos de crianças
Como grilos de pensões
Com o silêncio do medo
Liberar todos os segredos
Na própria consciência
Umas coisas são origens
Outras são apenas ciência
Uns usam a sabedoria
Outros sacam violência
Terra que vai... Planeta
Ave nós e Ave Maria
Esta noite muito fria
Útil no último verão.
(Cristiano
Jerônimo – 24.05.2024)