sábado, 25 de maio de 2024

No último verão


Passando por Angicos

Lembrando de Canudos

Conselho e resistência

Chamados de malucos

Pobre do pobre do rico

Sem a paz e a clemência

Jugo nas costas do povo

Fatura difícil de saldar

Essa conta que não fecha

Tantos roubos e arestas

E a gente apenas a calar

Ficamos assim parados

Como os pobres coitados

Na ilusão da vã burguesia

Sem ver, ela vai te atacar

O otimismo e a esperança

Renovados a cada manhã

Cada coisa em seu lugar

Como gritos de crianças

Como grilos de pensões

Com o silêncio do medo

Liberar todos os segredos

Na própria consciência

Umas coisas são origens

Outras são apenas ciência

Uns usam a sabedoria

Outros sacam violência

Terra que vai... Planeta

Ave nós e Ave Maria

Esta noite muito fria

Útil no último verão.

 

(Cristiano Jerônimo – 24.05.2024)

 

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