Se eu
olhar para o amanhã e vir
Eu vou
contigo para lá buscar
O que for
mais puro para você
O que te
faça feliz e prosperar.
Se olho para
ontem, eu não mudo nada
As curvas
são minhas. Não da estrada
Porque o
inverno é uma estação
Que sempre
pode ser ainda mais gelada.
Nem
água, nem chão
Nem
fogo ou ventania
As
tempestades são
Violentas
carícias
À
terra, aos ventos,
Com alma de furacão
Como o que não vemos
Não conhecemos de nada
Da cidade, vai saber da
vida.
Vai saber da vida...
Por isso,
pegue em minha mão
E deixe
que eu te esquente
No meu caloroso coração
No nosso
lugar tão fielmente.
No frio,
eu te aqueço
No sol, me
faço água
À noite te
agasalho
De dia te
acompanho
À noite
estamos em casa.
Não
invente de cortar cebolas
Com os
olhos bem abertos e em cima
Não
invente. A invenção do amor
Está projetada
e consolidada
No jardim
das helicônias
E das
bromélias atlânticas.
O nascer
das roseiras
Mostra o
quanto é possível
Perpetuar uma
espécie
Que agora
nasce
Que agora
cresce
Com os
olhinhos
E as folhinhas
vivas
Cheias de Amor.
(Cristiano
Jerônimo – 05072021)