Mais inocente que um cão de guarda
‘Abestado’,
como diz lá no interior,
Que só um
doido escorado numa enxada
Fazendo planos
olhando para um beija-flor.
Mais puro que
o inacreditável
Severino de Lalia
exala o bem
De um jeito
sempre amigável
Sem importar o
que ele tem.
Mais honesto
que um sem crédito
Os rostos são
tristes nas janelas
Viúvas da seca,
esperando maridos
Lembram de
praias nunca vistas antes.
Sofrer com
dinheiro no bolso é mais tranquilo
Sofrer sem
dinheiro no bolso é mais desafiador
Como todos os
dias que amanhecem amenos
E que farão
agora, no inverno, a diferença.
(Cristiano
Jerônimo – Valeriano – 16.10.2021)