Tanger boi no mato
As solas dos sapatos
Olhar para o céu todo dia
E o olhar inteira sua magia.
Observar sinais em estalos
Confiar sempre no seu taco
Ser paciente e tolerante
Brincar com coisas brilhantes.
Andar de skate na capital
A adolescência emancipando
Deus nos livrou de todo o mal
Para que a gente siga louvando.
Da fazenda dos meus avós,
herdei sabedorias naturais
Depois foram dos meus pais
Em seguida, aos meus filhos.
Meu baú fechado me lembra
que uma parte do passado
está guardada na jurema
O vinho de força e sagrado
dos nossos antepassados.
Até a tecnologia irradiar-se
Pelos arranha-céus e vilas
E quando a lua alinhar-se
Trará ainda mais paz à vida.