segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Somos nada

Dona Santa me perdoe / Não achei o seu altar / Desde o início que se foi / Não se cansa de cantar. / / Majestade de alto plano / Me permita perguntar / Ou eu vou no desengano / Ou eu vou te encontrar. / / Face estranha da intimidade / Uma rocha magmática de gelo / Nas estufas da produtividade / Sempre sonso com algum apelo. / A sagaz invenção do carnaval / Caboclos de lança no canavial / Andam nas ruas, nas rodovias / Praia de ondas e das maresias. / Falar com o rei neste período / É melhor sempre pedir a Deus / Estou no meio deste tríduo / Unamos os nossos e os seus. / A amígdala da fala cala a voz / Não nos surpreendemos mais / O magma que escorre na foz / Pseudo conceito do que é paz. / / O explicável é elemento de consenso / Inexplicável ou inexplicada confunde / Por mais que o amor encha e abunde / Nunca vai ser pleno e de consenso? / Nunca e jamais, ambos não existem / Nosso cérebro pensa matéria e éter / Nós só pensamos em merda vertigem / Somos fracos, somos fortes, somos nada. / (Cristiano Jerônimo – 20022023)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...