terça-feira, 25 de junho de 2024

São 36 anos de poesia (o que é isso?)



Escrevo, escrevo e escrevo. Não sei por que escrevo. Nem sei se são escritos bons ou ruins; realmente eu não faço ideia. Mas, independente da razão/emoção que me levou aos primeiros versos, não imaginava que já escrevia há 36 anos, desde os 14 até hoje (25.06) quando vou completar 50 anos daqui a 13 dias.

Eu não sei se escolhi escrever textos poéticos, mas os sistemáticos espasmos de produção intensa sempre me dizem que é para terminar o verso que comecei. Também tenho uma paranoia de que é involuntário (sem chances de controlar). Outra coisa que acredito é que os poemas caem do céu e voltam para lá, rapidamente, se não forem registrados. Creio que esse mesmo poema que voltou para o céu, retorna na cabeça de um outro poeta.

Parece que não tem mais jeito. Vou escrever até sem querer. Tornei-me dependente destas letras. E não vou a um spa para tratar de poesia. Poesia não tem tratamento e nem é doença. A crença fica para quem lê com senso crítico. Boa leitura sempre! Um abraço fraterno de luz a todos(as)!


(Cristiano Jerônimo - 25.06.2024)

Glórias e desenganos telepáticos



Nos sonhos que não se desiludem

Encontra-se algo mais próximo da realidade

Sendo os outros seres únicos, inatos e conduzidos

Levados a acreditar que não somos, que apenas temos

Temendo tanto o enquadramento dessa vida reta quanto

Esquecemos a vida noturna do assoviar dos poetas na boemia

Além dos pássaros que não ouvimos; das águas perenes, cachoeiras

Dos nossos prazeres mais plenos, da verdadeira abundância de felicidade

A prosopopeia na visão dos gatos na avenida são gotas serenas do Rio Tietê

Jacarés motorizados escondidos nos esgotos do Recife mostram a calda no inverno

Tudo é mesmo algo eterno e petrificado pela fossilização do tempo infinito

No acetato do carbono os sólidos grudam as datas nas garras do tempo

Esperam muitas correntezas de ventos e massas que vêm tão frias

Nos olhos de Maria um mosaico laranja ocre emanava lágrimas

A novidade é a realidade poder ser modificada por nós

Nos sonhos se constroem as visões do pensamento

Misturado com a realidade da cidade fria e nua

Dos campos rurais que não têm mais gente

Os sonhos levaram-vos aos urbanos

Centro de glórias e desenganos

Basta um sonho e uma fé;

Conseguir o que quiser

Dentro do padrão

Ético e social.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 25.06.2024)

Para sorrir e cantar

Ninguém pode ir Embora de si Mesmo assim Eu corro Vivo e morro Nasço de novo É sempre assim...   Aonde for, Acompanho-me...