Nos sonhos que não se desiludem
Encontra-se algo mais
próximo da realidade
Sendo os outros seres
únicos, inatos e conduzidos
Levados a acreditar que
não somos, que apenas temos
Temendo tanto o
enquadramento dessa vida reta quanto
Esquecemos a vida noturna
do assoviar dos poetas na boemia
Além dos pássaros que não ouvimos;
das águas perenes, cachoeiras
Dos nossos prazeres mais
plenos, da verdadeira abundância de felicidade
A prosopopeia na visão dos
gatos na avenida são gotas serenas do Rio Tietê
Jacarés motorizados
escondidos nos esgotos do Recife mostram a calda no inverno
Tudo é mesmo algo eterno e
petrificado pela fossilização do tempo infinito
No acetato do carbono os
sólidos grudam as datas nas garras do tempo
Esperam muitas correntezas
de ventos e massas que vêm tão frias
Nos olhos de Maria um
mosaico laranja ocre emanava lágrimas
A novidade é a realidade
poder ser modificada por nós
Nos sonhos se constroem as
visões do pensamento
Misturado com a realidade
da cidade fria e nua
Dos campos rurais que não
têm mais gente
Os sonhos levaram-vos aos urbanos
Centro de glórias e
desenganos
Basta um sonho e uma fé;
Conseguir o que quiser
Dentro do padrão
Ético e social.
(Cristiano
Jerônimo – 25.06.2024)

Nenhum comentário:
Postar um comentário