Na lida da Fazenda de Zé Pereira,
Dizem
que o que interessa é o funcional
As
pessoas prezam pelo dito normal
E,
se a gente não se mexe, tudo volta
À
estaca zero; num retrocesso natural.
Eu
quero ver as mãos e as suas quiromancias
Esquecer
o parcial, acomodar-me a sonhar
Sem
ser tão funcional e livre quanto Sartre
Que
pintou o carnaval (por isso quis sambar).
Numa
sambada de maracatu.........................
No
Baixio de Chico de Iaiá,
Um
sítio de harmonia e muita luz
O
que parece pouco para alguns
É
muito para outros e reluz.
E
eu me finjo de morto pela rua
De
quem tudo enxerga e nada vê
Eu
sou tão complicado como você
Quero
luz que eu consiga acender.
Assim,
como nós não temos paixão,
Se
houvesse a tua vida sem mim
Levarias
no mesmo passo o coração
Maturado
pelos anos de uma vida
Acalantado
pelas flores do canhão.
Na
palafita do homem que não tinha posses
Percebi o quanto tenho enorme dificuldade
De lidar com a falsidade corrente na cidade
Quase sempre a maldade gratuita de verdade.
Sem dó nem piedade de brigar pela equidade
Poder ter a qualidade de bobo ou majestade
A guilhotina sem piedade e a sua afabilidade
Fotografada num dia colorido de carnaval.
Numa sambada. Salve o maracatu.........
(Cristiano Jerônimo – 21.06.2024)
Nenhum comentário:
Postar um comentário