sábado, 22 de junho de 2024

A sórdida polêmica da luta de classes e seus efeitos colaterais


Na lida da Fazenda de Zé Pereira,

Dizem que o que interessa é o funcional

As pessoas prezam pelo dito normal

E, se a gente não se mexe, tudo volta

À estaca zero; num retrocesso natural.

 

Eu quero ver as mãos e as suas quiromancias

Esquecer o parcial, acomodar-me a sonhar

Sem ser tão funcional e livre quanto Sartre

Que pintou o carnaval (por isso quis sambar).

 

Numa sambada de maracatu.........................

 

No Baixio de Chico de Iaiá,

Um sítio de harmonia e muita luz

O que parece pouco para alguns

É muito para outros e reluz.

 

E eu me finjo de morto pela rua

De quem tudo enxerga e nada vê

Eu sou tão complicado como você

Quero luz que eu consiga acender.

 

Assim, como nós não temos paixão,

Se houvesse a tua vida sem mim

Levarias no mesmo passo o coração

Maturado pelos anos de uma vida

Acalantado pelas flores do canhão.

 

Na palafita do homem que não tinha posses

Percebi o quanto tenho enorme dificuldade

De lidar com a falsidade corrente na cidade

Quase sempre a maldade gratuita de verdade.

Sem dó nem piedade de brigar pela equidade

Poder ter a qualidade de bobo ou majestade

A guilhotina sem piedade e a sua afabilidade

Fotografada num dia colorido de carnaval.


Numa sambada. Salve o maracatu.........

 

(Cristiano Jerônimo – 21.06.2024)

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Lá de detrás............................


Sou guerrilheiro

Só quero paz...

Respeito quem

Chega primeiro

Respeito quem jaz

Só não me bote

Para dentro

Daquele caixote

A cobra e o bote

Empatia perdida.

 

Compram e vendem

Dinheiro; quem tem

Não diz ao nosso povo

Que o capitalismo

Fracassou com a gente

de novo.........................

Que deu tão errado

Tal a União Soviética.

 

Um siri na lata

Um caranguejo

Foge para a toca

A lama abriga

Palafitas flutuantes

Perto do desperdício

De quem vive disso -

Um está para cima

Outro para baixo...


Civilizados planetas

Aqui mesmo na terra

Para salvar o que resta

Os riachos e florestas

Ensinaram aos índios

Ao redor da fogueira

A saber das coisas

De centenas de anos

Dos povos lá de trás.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 17.06.2024)

Para sorrir e cantar

Ninguém pode ir Embora de si Mesmo assim Eu corro Vivo e morro Nasço de novo É sempre assim...   Aonde for, Acompanho-me...