terça-feira, 8 de maio de 2018

O mato ensina



Já peguei tromba d’água
Fui para trás das anáguas
Debaixo da saia da minha avó.

Também vi tudo seco e perdido,
Com cinco anos, no inverno,
Estava tudo renascido e por si só.

Vi feijão se perder pelo sol e pela chuva
Vá entender...
Água demais e seca demais matam.

Já carreei com as meninas
Numa junta de bois mansos
Nas ladeiras e remansos
Até o Riacho de Cima.

O orgulho do carreiro
É ter seus bois felizes
Já a alma do vaqueiro
Bota as moças pra dançar.



(Cristiano Jerônimo – 08052018)



Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...