segunda-feira, 27 de maio de 2024

Fotossíntese extrema



Difícil perceber quando cega a visão da razão

É fácil entender quais coisas mexem na alma

Foi, naquele momento não mantivemos calma

A paz que emana e se excede bem no coração.

 

Dois olhos a mirarem na retina deste destino

Onde possa o menino não ser apenas o acaso

Sem calçado, vai descalço e as solas são os pés

Rachados; lisos; sem talco e voando no ocaso.

 

Cinco crianças subindo como as pipas na mão

No ar do espelho d’água bichos não se afogam

Foi embora conseguir o cerne do tempo ilusão

Encontrou peixes que mergulham e se afogam.

 

Monomotor sobrevoou o céu azul do Panamá

Balsas escoam dinheiro sujo no rio da fronteira

No coração, a rainha da fotossíntese e do natural

Levam as coisas de um lado para o outro de lá.

 

Difícil perceber quando a visão da razão cega

Para entender quais coisas mexem na alma...

Para saber o que ainda nos resta desta calma

A paz que emana e excede àquilo que externa.

 

 (Cristiano Jerônimo – 27.05.2024)




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Além das bolhas

Protetor, antes de sair ao sol Protetor, no Cristo Redentor Uma vida inteira sob o Protetor Para tanto belo e tanta tralha Numa part...