Ele não olha
nos olhos de ninguém;
Aperta forte
as mãos da explosão;
Bate martelo
em edifício em construção.
Ele vai pro mato bicho se reabastecer
Ele é meio
estranho. Tem místico viver.
Mira numa
estrela viva para se proteger.
Ele quer ver
na tela do cinema São Luiz;
Ir com a gata
no Cine da Fundação.
Tomar café lá
na Cultura e não ler porra nenhuma!
Porque parece
um bicho do mato
Que come
galinhas batendo o sapato
Foi num lanche
na cidade que tudo se resolveu.
Admirada alma
que não cabe em si
Vela a luz do
divino sacramento
Tentações pra
resitir, olhar e seguir.
Ele parece o
gato do mato
Come galinhas
batendo no prato
Sempre
dizendo: quem tem juízo sou eu!
Quem tem juízo
sou eu! – Ninguém sabe dizer.
(Cristiano Jerônimo)
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