Mauricéia,
Ficarás sob o concreto
Dos lugares aterrados
Juntamente com a história
De uma batalha tão cruel
Entre lanças e armas de fogo.
Veneza,
Serás encoberta de águas
Nesse destino de lama
Na cama em que ti eu me deito
Teu leito perdeu a corrente
e tuas águas estão confusas no mar.
Ribeira,
Por debaixo de tudo
Há ti de verdade.
Nascestes tão simples
Virastes cidade
Para abrigar sua gente.
Cidade,
Quem são teus meninos?
Quem são teus amantes?
Quais são teus destinos?
Quem habitou você antes?
Respondes,
Estás contente, cidade???
Escrito em 1993 e publicado em 1999 no 2º Congresso
Brasileiro de Escritores (UBE)
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