Disse para ele
que fugiu pra longe
Da rua onde
morava, pois não tinha casa
E que nunca
mais ia voltar. Estava decidida.
Já a amiga, zarpou
num barco e nem olhou pra trás.
Esperava que a
vida fosse a rua à noite toda nua.
(Todos os dias;
todas as noites, cabelo, baseado).
Ana branquinha
com um sutiã bem azul,
E uma menina ‘perdida’
na comunidade.
São as discrepâncias,
numa mesma cidade.
Consola ver Ana
vestida de calcinha blue.
Ela disse pra ele
que voltaria pra casa;
Recanto dela é
o mundo e pouco mais.
Vivia na
Argentina. Hoje mora no Brasil.
Poliglota,
adora ver essa pátria varonil.
Ele foi passar
mais de um ano em Londres;
Ela pegou suas
coisas e foi para a Chapada.
Apesar de não
estar nem um pouco preparada,
Sabe
exatamente aonde está e porque tem ânsia.
Ela sabia que
não existia um passado inútil
Ele, que o presente era única realidade;
Futuro é terra de ninguém, do vento, chuva.
Templo dos deuses que habitam nossa cidade.
(Cristiano
Jerônimo – 03.10.2017)
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