Não soube o que era família
Suas noites nervosas, vigília.
Não deixavam a mente calar,
Nem havia comida e partilha.
São chamados os miseráveis
(não os que apodreceram só)
Mas aqueles que, com a força,
Roubam até mesmo sonhos...
Roubam muito mais e tentam
Subtrair a boa vontade do povo
Para torna-lo mais volúvel
Enquanto a caravana segue rumo.
Da porta do castelo pra dentro
Tem escória de escárnio social;
Um rei que golpeou pelo trono,
Não prendeu nada nem soltou.
Outro não soube o que era família.
Vivia nas tretas da favela e intrigas
Pintaram seus sonhos de cor invisível
Descobriram, de novo, suas barrigas.
Descamisados, desdentados é a mãe
De quem nunca fez nada pelo povo,
Descamisados de alma, nenhum coração;
O contrário de todo esse nosso estorvo.
A fome volta a bater na porta da plebe
Que não quer mais ser chamada assim.
A responsabilidade de mudar essa joça
Está nas mãos do povo quando se ligar
em ideias de melhoras na rua e na roça.
em ideias de melhoras na rua e na roça.
(Cristiano Jerônimo – 08.04.2018)
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