meu coração está aberto com muitas chuvas
a emoção dispersa como as nuvens do
sertão
o fígado apertado no como se fosse o
coração
e o meu amor atravessado e perdido em ilusão.
minha alma de flores e fuzis é de azul
anil e ferve
a Praça Vermelha está marcada de sangue
até hoje.
não há nenhum lugar do Brasil que eu me
engane
corro do homem mal e cuidado. Corro do
seu covil.
vou dar um tempo, viajar e tentar seguir
brilhando;
voltar ao fundo de mim mesmo,
objetivamente,
abrir ainda mais a mente. As tais portas
da percepção
e bailar no ar como um hierofante colorido
e sem razão.
não é nem por mim... é que o Brasil não
ajuda nem muda
cada dia um labirinto com a morte de
dois minotauros
todos os dias, vejo uma mulher e uma
menina barrigudas.
investindo na natalidade dos
adolescentes que se rebelam
quando vivemos em círculos e não sabemos
que somos otários.
(Cristiano
Jerônimo – 30082018)
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