Apressara o
passo para ter com ela. Cada pisada na rua jogava água nas poças dos contornos
do meu coturno. Os pingos iluminados pelas luzes de neon.
Fui aos quatro
cantos da região. Não vi mais você. E falaram no Alto da Fortuna, fortuita, não
era lá. Na Lagoa do Náutico/Olho D’água num estava, nem em Peixinhos ou Boa
Viagem. Ibura. Espinhaço da Gata. Sei lá. Em nada.
Solitário no
Parque da Jaqueira, você pulou de cima de uma árvore e me abraçou. Adrenalina a
mil. Enquanto eu te procurava, você me achou.
Os trabalhos
andam muito instáveis, mas graças a Deus tem a base e a criatividade. Sempre
não desanimar para recuperar. Tudo. Até o tempo perdido que se faz agora.
Não tinha uma
lógica cartesiana, mas uma cabala para calcular. O pulo da gata saltando sua
vida para ascender. Viver, morrer, viver.
“Esses casos
de família e de dinheiro eu nunca entendi bem...”. Eu também. Mas nem por isso
eu vou culpar alguém. Ninguém tem qualquer responsabilidade sobre nossas
escolhas e posicionamentos. Só não deixemos que isso tudo vire tormento. Não,
não.
Em cima do
muro, na noite no escuro, eu te vejo felina na beira do mar. Te afastas quando
me chego e te transformas em sereia a voar. Bate o baque, baque que é o bate. Mesmo
que se cale para contemplar o rito espiritual do atabaque.
Ainda não
resolveu andar a cidade. É quando ela some e eu fico procurando em todas as
ruas. Tem uma necessidade especial de liberdade. Voa! Voa! Voa! Ela voou.
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