Não resta nada
a fazer
A não ser
gastar os sapatos
E mergulhar na
sola do mundo
De olho vivo
nos fatos.
Rodando neste
mundo ingrato,
Eu sou o
estouro do gatilho do canhão
Trago flores
vermelhas no meu coração
Grito, agito, beijo,
cuspo mas não mato.
Verbal é a
minha verdadeira patente
O meu e o seu universo
são tão iguais
Embora a
realidade paralela não seja
E nossos pensamentos
se tornem reais.
Fui lá.
Aprendi o bê-á-bá de engatinhar
Por favor, me
deixe levantar e andar.
O telúrico na
terra e o etéreo no ar.
O sangue no
tempo a correr e circular.
Sim. Resta
muito a fazer,
Ir lá trocar a
sola dos sapatos
Correr no
sentido adequado
Fazer aquilo o que a gente crê.
(Cristiano Jerônimo – Recife | PE – 09102018 –
17h27)
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