Sem nada pra ganhar
Sem medo de perder
Eu sigo a acompanhar
Que se pode ter e ser.
As indulgências da vida
Sem manual de garantia
Recupera paz escondida
Recupera senso e alegria.
Toda vez que amanhece
A planta nasce e cresce
À luz do mundo oculto
Vivemos dando pulos.
Com tudo para perder
Aprender a daí ganhar
Eu sigo abrindo picadas
Pelas forças desarmadas.
A antiga arma de guerra,
A palavra, “pré-canhões”,
Os resquícios do estigma
Das batalhas de trovões.
Venci bento várias delas
Inclusive as que eu perdi
E logo cedo, eu aprendi
Esquecer todas as sequelas.
A ancestralidade do ser
Carrega no peito o duo
A vontade de sobreviver
Para na vida dar no duro.
No escuro, o silêncio bate
O invisível aparece no salto
Não temer altura no baixo
Nem temer altura lá no alto.
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