[Nunca voou no esquecimento
Eu nunca, mesmo, te esqueci
Sempre houveram bons momentos
Faz tanto tempo que, até um ano atrás eu não mais te via
O que ficou na memória foi a nitidez de tudo que eu vivia].
[Falo por mim, que nem sei,
Não me atrevo a falar de novo
O que foi dito pelo não dito
Fiel, eu confesso que acredito
Em tudo o que é assim pacífico].
[Eu amo poder ajudar-nos juntos
Por horas, dias e até segundos
Se for preciso chorar, choramos
Enxugamos o rosto e avante vamos
Nunca ser o que não se quis antes
A tendência da vida é melhorar].
TOMO II
Prova a existência de dois mundos
Ambos presentes em nossas vidas
Com a hora de chegada e de partida
Frequência em frações de segundos
Semelhantes atraindo semelhantes
O que pensam para hoje e amanhã
Bastando um dia para retocar a maquilagem
Porque o amanhã reserva acordar de novo.
A busca das abelhas e colibris pelo néctar
Os animais sabem onde há sinais de água
Os animais sobrevivem sem nenhuma mágoa
Os arvoredos caem mudos ao som da serra
Motores de destruir vidas do outro lado
Num planeta que já vive contaminado
Pela podre mão de sujeitos sovinas e maus
Chega uma amiga e diz que tudo isso é normal...
Lóki escuta e decide mostrar a sua realidade
Reúne toda a sua frieza, calculismo e ódio
Deixa todos brancos de compostos de sódio
Com as ventanias sombrias das pedras de sal
Chega e pinta uma bandeira bem grande de cal
Burla a regra da trégua da restauração da paz
Ataca seus inimigos de forma covarde por trás;
Torna-se o homem menos confiável da terra.
Nas bandas de Custódia, os bodes berram
Em israel , as portas da Palestina fecham
Aqui ao meu lado, teu sussurro me acorda
Saio do sonho, entro em você e não durmo
Longe das expectativas do nosso consumo
Longe também de alguma coisa faltar...
E ele encerra o firmamento como um fio
Fala de vampiros, com medo e arrepios
Fala, na verdade, de amor puro sangue
De atratores de alma boas, brancas e azuis
Um divino cordeiro que se sirva na mesa
Lá fora vem o sopro do novo dia de colheita
Bater feijão seco com uma madeira de porrete
E um dos dias, melancólico, tão
serrano e azul
No pé de uma montanha que guarda a mim
No alto de uma montanha na qual cresci.
Curandeiros e descendentes de índios
Circulavam e faziam suas poções mágicas
Baseados nos seus estudos empíricos
Os que encantavam iam para as galáxias
E deixavam aqui uma cultura oral exímia
Ensinavam a apurar, decantar e a curar
Sempre ao lado, duas plantas de força
Os portais da consciência esclarecida
O tabagismo dos índios em suas rodas
Irmãos da dita e bendita américa do sul
Implantaram a fumaça na tribo da paz
Se você quiser, não me importo, não ligo.
Nos terreiros, o espírito carrega
Nas igrejas, o espírito se alegra
Nos templos, procuramos Deus
Nas ruas, nas flores, nos pássaros
Tudo está, quase, em seu perfeito lugar
Exceto o que homem que decidiu se acabar.
(Cristiano
Jerônimo – 21122022)
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