Pensar fez dele um alvo fácil
Para arapongas retráteis
Para o que é tão inefável
Como os amores portáteis.
Cintilam na beira da praia
Nas areias de Itamaracá
Seu desejo mais profundo
Saber dos mistérios do mar.
Pensar fez dele a sua razão
Farto território de oposição
Sob o comando do não acaso
Que gere sutilmente a emoção.
Acessar o passado é “pecado”
Quando não tem nada ao lado
De todos os tijolos colocados
Muitos ruíram outros subiram.
Não é só tosca essa ilusão
De propaganda vender o Natal
Com a imagem de Papai Noel
Escondendo o nascimento de Jesus.
O Menino estaria perdendo espaço
No Natal que não alcança o sentido
De que uma grande cerimônia
Deveria ser o ritual destes dias.
Ele só queria ser o burrinho
Ao lado do berço do Menino
Queria até mesmo ser o sino
Que tocou lá em Belém...
(Cristiano
Jerônimo – 23.12.2022)
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