De dia, havia a luz
Chuva serenando
No jardim do ar
Longe, esse mar
Não torna a virar
Sertão; povos verão.
À noite, a luz fustiga
Ela existe do lado de lá
Neves que derretem
Elevando o nível do mar
Aqui, essa luz no ar
Faz a lua não naufragar.
No outro espaço da vida
Há uma cortina blindada
Alguma coisa escondida
Outra sorte revelada
No ponto médio da vida
Infinita é essa estrada.
Amanhã é o motivo de ir
Agora é outra coisa a
fazer
Ver a vida em recortes
sons
Ter a vida como dar um tom
Pois foi feita para
esquecer
O que se revela ao partir.
De dia, havia a luz
Chuva serenando
No jardim do ar
Longe, esse mar
Não torna a virar
Sertão; povos verão.
(Cristiano
Jerônimo – 04072023)
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