Eu sou o calango que voa
Abro portas e janelas
Fecho se não convier
Depende do calor
Ou do inverno frio
Não deixo o que a vida
quiser.
Quando eu me arrepio,
Sou iguana passando
Um camaleão de folhagem
Um espinho de juazeiro
Um mergulho flecheiro
No poço do açude
Eu não nasci...
Para ser de um jeito só
Eu nasci só para ser
Do meu mesmo jeito
Corro como a seriema
Como um veado campestre
Uma hora perco a pena
E vou-me embora...
Porque sou cabra da peste
Não vivo só há 50 anos ou
mais
Desafio de viola entre
Deus
E um outro rapaz,
Sou portento com talento
Tenho dúvidas recorrentes
A verdade não é uma semente
Que se planta todo dia
Que não cresce pelo vento.
Recife!
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