segunda-feira, 15 de julho de 2024

Não se engane, gente boa



Não creia na bondade

Dos seres interesseiros;

Podem ser os primeiros

A demonstrar falsidade.

 

Nem acredite em ilusões

Que importa se não ligam

Na mente que se desliga

Na mesma vã proporção.

 

O protótipo em Nápoles

Mais sucesso da Holanda

No frigir dos ovos, flamba

E dos guetos vem o samba.

 

Gasolina queimada no céu

Camadas de divina proteção

Recompensas a quem fez mel

Ciência da rainha e do zangão.

 

Cada canto de cada atmosfera

Será um fungo, uma planta

Um ser humano que deve ir

Saber, ao certo, como andar.

 

O que sentes é uma só realidade

O futuro nos leva à ansiedade

O passado então nos leva à cidade

Os pastos ficam para outro gado.

 

Não se iluda com um sorriso

Ele pode não ser tão preciso

O que está por trás do bem

Não o faz só porque não tem.

 

Não se iluda com o silêncio

Ele pode falar mais palavras

Prefira mais o papel estêncil

Ao laminado de figuras caras.

 

É como preencher formulário

Omitindo o que é o essencial

Como nos fazer tão de otários

Mas cair de uma nave espacial.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 1307.2024)

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