Eu
queria te ver sem roupa e, ao mesmo tempo, vestida naquele vestido de
renascença branco de nuvens. Nem que eu fosse uma árvore perdida no pasto. Nem
que uma estrela cadente caísse no pasto da água do rio. Mesmo que eu fosse uma
ilha escondida no fundo mar rodeado de sereias. Porque me acostumei a nadar quando
a maré vaza. No fluxo e refluxo, eu queria emergir no teu olhar, olhos marítimos
de lágrimas de sal, com cantos sensíveis e sons para morrer de cantar. Eu
queria apenas que a neblina fosse sóbria outra vez para o pensamento desanuviar
quando eu pudesse enxergar os cascos furados dos barcos do passado e de um
futuro betumado para esquecer meus naufrágios.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Os naufrágios frustrados são ilhas de apoiar
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