quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Como a arte


(Para Lu Rabelo)
Eu pinto com as palavras faladas também
Escrevo minhas crianças e a cigana vem.
Vem sem eu chamar e a recebo feliz;
Falo com ela dos meus medos que vivi!

Não consigo viver longe do mar... Sou do sertão.
Não sei se vá, mas devagar não chego não...
Acelerada e de boa, vou conseguindo
Mudar faces que borram a imagem do nosso grotão!

Todas as ametistas e quartzos, Deus e o cão ---.
São apenas opções que tomaram meus irmãos.
E eu respeitei... Um a um... E, no mínimo, rezei.
Hoje, sei porque preciso mergulhar e sentir-me água.

Como parte de ti, mãe-poderosa, guia da mulher.
Que me aparece e me ajuda como outra guia.
E eu falo com as palavras pintadas também
Porque somos cores, perspectiva e frequência.

Como a arte, devoro a ciência...




(Cristiano Jerônimo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os naufrágios frustrados são ilhas de apoiar

Eu queria te ver sem roupa e, ao mesmo tempo, vestida naquele vestido de renascença branco de nuvens. Nem que eu fosse uma árvore perdida ...