O poeta não escreve por mera distração
Nem tampouco para esconder a solidão.
Nos gestos serenos ou abruptos da vida,
O poeta escreve para cicatrizar feridas.
As chagas alheias, mazelas de si mesmo.
Cidade bonita, cidade sangrenta, suja...
Berço de uma maternidade para o caos,
Seja nas palafitas ou nos prédios altos.
Uma centelha de luz é mais suficiente
Para iluminar o sol da noite nossa gente
E as escadarias onde se sobe e onde cai,
Gradativo que você é quem diz onde vai.
O poeta, na verdade, para tudo que existe,
Até inventa, mas nunca consegue esconder
Que o Humanismo existe e persiste no belo
E no sarcófago do nosso vampiro existencialista
Augusto
dos Anjos
Por exemplo.
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