segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Renascimento em marcas

Ser, de verdade, num é bom;
Todo mundo afirma que sim.
Mas quando desabafa o medo,
Alguém vem e conta seu segredo.

Ser humano, de verdade, vale.
Muito mais que hipocrisia,
Eu falei em outro dia
Quando a semente se fez caule.

Nunca deixe permissível o cale-se,
Nem a afronta de colocar para gelar.
Eu não sou cerveja. Não sou matinê!
Me libertem que o que eu quero é viver.

Escolhe, opta por quem tu queres viva;
Mas não escolhes quem vem lavar tuas feridas.
Há nas cicatrizes o renascimento em marcas
Novos grandes passeios no mar que se embarca.

E o mar só vai para onde ele e a lua querem...



(Cristiano Jerônimo)


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