Nunca bata na mesa
Sem apertar minha mão.
Nem force o seu sorriso,
Mesmo que seja preciso.
Fale com o seu coração.
Bata, bata nesta porta
Abra e feche sem ver.
Não venha, então, querer
pegar na minha mão.
Nem ainda me curei
E não sei, com certeza,
Se vou pular outra fogueira
Espantar de vez essa ressaca
Do mar, corridas e trânsitos.
Ressacas do estresse inoportuno
Das aventuras de boêmio noturno
E as lenhas que foram carbonizadas.
Na estratosfera, a camada de ozônio
Sofre com o nosso lado de demônio.
Bata, bata nesta porta
Abra e feche sem ver
Não venha, então, querer
pegar na minha mão.
(Cristiano Jerônimo – 16.04.2018)
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