Do alto da minha solidão
Eu olho para cima e vejo
O nosso amor e o coração.
Eu olho pros teus olhos
e
não mais me vejo
Eu olho para os teus lábios
e
não tem mais beijos.
Deitado e cansado,
Até a manhã despertar
Eu olho em você
A uniformidade fria.
Difere do papo desta cidade;
Onde há muitos filhos da pátria
E também muitos filhos da puta
Se engalfinhando nas disputas
Por uma generosa transação
E o dinheiro que do povo emana
Entrando pelo ralo da corrupção;
Vai e te afastas antes que mates
mais.
Cavalo pronto e disposto,
Até o arrebol do entardecer,
Eu olho vocês
Suas uniformidades frias
Muito longe da cidade vazia.
Queríamos nós, ajudar.
Com agricultura e dinheiro,
Pecuária, bode e galinhas.
Mas só nos deram auxílio estiagem
Com o bolsa família
Mais o auxílio moradia.
Tem gente até que não quer
Trabalhar nem um dia.
Pois, no final, todos ajudamos
a pagar a conta eleitoral da covardia.
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