Foto: Cristiano. Praia de Guadapule, A Ver o Mar |
Pela segunda vez na minha vida, me sinto encurralado. A
primeira foi aos 16,17 anos. A crise do “o que vou fazer? Para onde é melhor?
Por onde é que sai?...”. Na adolescência, chamamos de crises existenciais.
Hoje, mais velhos, denominamos aperreios. Porque há quem pense que isso é coisa
de criança ou alienado, coisa que o valha. Mas para quem não perde a esperança,
a fé de subir num monte de serras e chapadas, de motocicleta e gasolina,
transpondo obstáculos comparáveis às agruras da vida. 32 anos. Transpondo-os.
Asfalto de motocicleta. Estrada de barro. Vereda íngreme ao lado de um penhasco generoso A 370 quilômetros do Recife, 150km/h de velocidade
média. O vento rasgando meu corpo e me refazendo no frescor das correntes de ar
frio. Liberdade de motocicleta é tão emocionante quanto a vida. Você cai. Se
levanta e segue. Voltar, muitas vezes, é um caminho sem volta. 42 anos. Motor
de 300 centímetros cúbicos, 250cc, 215cc a perfeição, CRF total. Subo poste e
desço poste. Não deixo que ninguém encoste sem a devida boa intenção. Eu sou do
mato e as motocicletas são nossos cavalos. 44 Cavalos de força!
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