sexta-feira, 8 de março de 2019

O enterro dos escrotos




Não me sinto morto
Ainda me mexo...
Já sei que existo
Não nasci de um aborto
Nem também de um incesto.

Mas, chegar aqui
E ver toda essa imperfeição
Sempre em busca do melhor
Amarrado às nuvens, morto
Que ainda se mexe.

Enquanto mexe, bole!
Na mão da contramão,
O enterro dos escrotos
Merece uma canção
E muitas velas na mão
Na beira de um esgoto.


(Cristiano Jerônimo – 08032019)

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