Lembro que
andava
Por estradas
e veredas
À noite a
luz acesa
De dia o
sol brilhava.
Era menino
no mato
Era menino
do mato
Era um
menino de fato
Vivia no meio
do grotão.
Trabalhar
na enxada,
Por brincadeira,
Parecia bom
demais.
Mas não se
cria mais calo
Nas mãos
do homem
Que toca a
cada dia
um novo sino
e um badalo.
Minha mãe
era professora
Meu pai
era puro trabalho
Meus
irmãos, boas pessoas
E eu só
chegava adiantado.
Meus avós
eram camponeses
Tetravós pós-colonizadores
Fundadores
de cidade
Onde havia
só caatinga.
A vida
confia a terra a quem vem
Os
verdadeiros donos estão no além
Todo bioma
na Páscoa tem o seu fim
Mas talvez
não seja sempre assim...
(Cristiano
Jerônimo – 16032019)
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