Não mandaram flores nem rosas
Apontaram com a mira o canhão
De um lado, a cidade que chora
Não sabe o que fazer do coração.
Do outro, uma fruta bem amora
Doce, suave, ácida tão palatável
Procura o racional, o hoje, agora
Só acha muita coisa inteligível...
Não houve os doces ou amargos
Embora houvesse pensado assim
Entre dois ou mesmo três tragos
Espaço e pensamento são afins.
Houve o que nunca aconteceu
Há o que existe desde ontem
Quando o dia claro anoiteceu
Não se enxergou mais a ponte.
Quando amanhecer e o clarão
Clarear na vida a partir do alto
Assumir, de vez, a autonomia
E não ligar para seres ingratos.
(Cristiano Jerônimo – MAI2021)
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