Cabra do mato
cabra valente
não enjeita
desafio
na vida
na hora
ou no repente
atravessa
as galáxias
do universo
com os deuses
do Olimpo
tudinho
com a mente.
A corredeira
da cachoeira
na corrente
Não faz temer a queda
não foi só uma quimera
podia ser encruzilhada
uma cruz e uma espada
mas nada que pudesse deter
o início do primeiro dia de depois
por amor, eram dois brilhantes
pingentes no teu seio róseo.
Cabra que é tão valente
mostra que está contente
dono de gado e com a gente
rezando pra Nossa Senhora
cabra que é tão disposto
com esmero e com gosto
a vida facilita a sua hora.
Energia através da madeira
para fazer pedras de carvão
na ciência dos fornos
na sabedoria das caieiras
com a vegetação do sertão
os troncos de jurema-preta
que vem do solo árido
Muito pouco renovado.
Onde se pensava ávido
agora é puro instinto bom
hoje ele continua o menino
mas permanece impávido
e não foge nunca à luta
Gosta de um bom combate
dialogando nos empates
respeitando uma conduta
e não esquecendo do xadrez.
(Cristiano Jerônimo – 10062021)
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