Vamos buscar a carruagem de fogo
Lutar para não vermos nada de novo
Vamos resgatar as crianças vivas
E colocá-las nas almas mais pacíficas.
Vamos jogar a boia ao lado do barco
A âncora é o instrumento mais delicado
Nos naufrágios, a melhor sobrevivência
Chegar em terra, boiando, queimando
pagando todos pecados.
Vamos jogar o automóvel no Rio Tietê
A despoluição da poluição, gera poluição
Vamos jogar um balde d’água gigante
Para ver se este rio ainda sai salvo e são.
Vamos queimar na lancha a gasolina
Cortando o canal preto da marginal
Vamos nos banhar com gás e creolina
Lavar as botas perdidas no lamaçal.
Entrar pelos fundos do espetáculo
Fazer de conta e cara de paisagem
Participar daquele show ‘tão caro’
Uma dádiva. Quase uma miragem.
Tocar o barco sabendo das marés
Objetivos focais nos levam ao mar
Um lugar com pássaros, flores e ar;
Respirar o leve ar vindo das colinas.
Vamos molhar o tempo seco do sertão
Para a água, fazemos a dança do toré
Vamos acabar com a miséria da Nação;
Anunciada, a nova geração do Filho Zé.
Mudar seu mundo e ajudar o próximo
a pensar em, talvez, mudar a si também
Sem interferir na decisão de ninguém
Isso ajuda muito num mundo próspero.
(Cristiano Jerônimo – 070620210)
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