quinta-feira, 6 de abril de 2023

Nosso sol e o próprio verso



Que bom que o suor gela

Após uma subida íngreme

A lua do sertão é mesmo bela

Nela, somos gigantes

Presentes nas constelações.

 

Um menino desenhado no céu

Um menino...

A menina sapeca que pega daqui

Que pega de lá

É tão bom...

 

O ar pegando fogo na lenha

O frio para esfriar o calor

Berço quente do ninho

De onde o bem foi parido

Na natureza reinante o amor.

 

Eu consigo! Você consegue

A propósito, a gente esquece

Você vai se tornar um monge

Não há sonho partido, longe

Nem haverá ali nenhum altar.

 

É o salto para as nuvens de dia

Cortando pela noite a maresia

Do barco que foi; daquele que ia

O mesmo porto, a mesma rota

Bússola escondida e covardia.

 

A tentar descobrir qual a direção

Foi e voltou no seu pensamento

Dançar La Bamba e rock’n’roll

Agitar os amigos desta pobre rua

Pedir que cada um fique na sua.

 

Que bom que aqui esfria

Após um banho no vento

A lua da praia deserta é legal

Nela, somos gigantes no céu

Passeamos até na expansão do universo

Vivendo em torno do próprio metaverso.

E da nossa vida na nossa cultura digital.

 

(Cristiano Jerônimo – 06042023)

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