segunda-feira, 3 de abril de 2023

Um homem chamado Cavalo


Ninguém mais se engana

Todo mundo é tão contente

Agora todo mundo é bacana

Vivem num eterno carnaval...

 

A gente só tem cheiro,

Admiração e não suporta

O espelho, a taça e a porta...

 

Eu fugi para te ver melhor

Enxergar de longe a tua alma

Sentir de lá o aroma do teu suor...

 

Incorporei uma papoula (de fogo)

Não havia nada para ler de novo

Pouco importou do que muito eu vi...

 

Sou a água que matou a tua sede

Sou o súdito bruto de fruta do teu amor

Sou o som das palhas dos coqueiros

que silenciaram os arredores

da cidade adormecida

pelo respeito à alma do pretos

Nas encruzilhadas e terreiros...

 

A gente ainda tem a cama

De melhor pra se entender

Se fosse tudo, já resolveria...

 

Quem tem amor, tem o zelo

Cheira a crina de outro cabelo

Seu cavalo que vai lá te beijar...

 

Na charrete ou nua em pelo

A égua imponente e seu cavalo

Sempre te admira 1, 2, 3 , 4...

 

Sou o pão que aliviou  a tua fome

De ser um homem no teu amor

Sou o som das folhas das bananeiras

Que mostram onde corre o vento em direção

da bondade eternecida

pelo perdão dos indígenas

Na danças das flechas

Com um arco bonito na mão.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo)

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