RABO
DE CACHORRO
Por
mais que se queira
Há
de se parar e pensar
Não
querer um cachorro
Que
tenta morder e corre
Atrás
do seu próprio rabo.
NEWTON
Também
não queira o mal
Existe
o efeito bumerangue
Sem
sangue pelo sangue
Sem
mágoas, só águas
No
olho de uma nascente
Na
limpeza de uma fonte.
TEM
QUEM QUEIRA
Queira
não...
A
felicidade está alada
Fugiu
da Caixa de Pandora
Não
tem pousada certa
E
tudo é em sua hora
A
gente acha que demora.
DOS
BONS FRUTOS
As
frutas que não dão para alcançar
São
mais doces e mais suculentas
Mansos,
a gente vê e se contenta
Frutos
vêm de árvores boas e más
Carne
que se come primitivamente
Tão
saborosas, homens e venenos.
DOS
EQUÍVOCOS
Deixa
tudo mais tranquilo e quieto
O
Tratado do Consumo não é natural
Trocaram
Jesus pelo Papai Noel
Trocaram
Jesus pelo coelho da Páscoa
Troca
de presentes com carinho
Gastar
pólvora no Dia das Bruxas
Pra
isso que se labuta; 75% luta...
DA
MAIS VALIA
Seu
salário é menor do que produzes
E
o desemprego é estrutural
Espera
até que um dia seja igual...
É
tudo muito complexo e complicado
Que
o consumismo custe tão caro
Como
os impostos que pagamos
Arcaremos
o preço de acreditar
Que
comprar é uma forma
Social
de se fazer presente.
ALI
BABÁ
Esta
é uma grande obra social
Num
praticamente anonimato
“Se
eu não morro, eu mato
Essa
desnutrição
A
minha teimosia
Brava
de guerreiro
É
que me faz o primeiro
Dessa
procissão...”
(Cristiano Jerônimo – 02.06. 2024)
Com
excerto de Raul Seixas aspeado (música Abre-te Sésamo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário