terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Querer ou não poder


Nada, para mim, ainda é muito

Tudo agora representa o nada

Muito do que eu não posso ter

Seja por querer e não ter estrada

Lembro quando parecia pouco

Mesmo quando exalava muito

Uma linha fina sempre esticava

Madrugadas curtas eram longas

Dias agitados sem seguro de vida

A idade, o organismo e o cérebro

Nada ainda era muito para mim

Tudo agora representa um nada

Não é que não queira ou é ruim

Mas é que não se pode ser assim

De qualquer maneira sem faróis

Sem retrovisores e os para-brisas

Não existe dirigibilidade de vida

- É muito mais olhar para frente

Sem esquecer o que passa detrás

Humanamente um pouco de gente

Para também se sentir mais capaz.

 

 

 (Cristiano Jerônimo – 28012025)

 

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