quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O azul do infinito


O escuro azul, tão bonito,

da abóbada estrelada

contendo em si sóis incontáveis

pulsa calado e vivo

em seu mistério eterno.

 

De uma indecifrável

solidão intergaláctica

e no amedrontador

da mais exata geometria

na qual, estrelas, explosões

e planetas no absurdo mapa.

Sugerem aos olhos

dos homens curiosos

um vazio maior

que o mais vazio da alma.

 

E por milênios incontáveis

de incontáveis eras

na inimaginável constância

da expansão eterna

os fracos de espírito,

diante do infinito,

implodem aturdidos

e se resumem à terra.

 

 

(Cristiano Jerônimo/Lula Côrtes – Verão de 1994)

Um comentário:

Juro que houve café

Nas batidas deste espaço, Na hora da área de serviço. Hora do computador. Preguiça. E muita garra pra tocar a vida... Nos relógios. ...