Eu levei pancada, pancada;
Da mídia, desta televisão.
Da conversa dos amigos,
De correr todos os perigos
Cujas marcas ficaram então.
Os pobres a desejar coisas
De ricos e de propagandas.
Vão girando numa roda
Parecida com o circular
De uma roda de ciranda.
Eu levei porrada, “porrada
Dos caras que não fazem nada”.
Mas como vamos organizar a luta?
Como é que vamos prender os ratos
Do Congresso, todos filhos de uma puta?
A arma está em nossas mãos
E não precisamos de canhão
Nem de qualquer outra força
Fazer cumprir a legislação...
(E atualizar as leis).
Porque tomei porrada, porrada;
Não quer dizer que eu não saiba nada,
O tempo professor trouxe a maturidade
De saber descer e subir na mesma cidade.
Nas angústias, correr para as árvores;
Se entrosar com a água, a terra e o ar.
Ter um cheiro gostoso de mato e verde;
Uma fonte saborosa pra matar a minha sede.
(Cristiano Jerônimo – 09.11.2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário